segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Genética Vs Ética


Estava a procurar informações interessantes para por no blog, e encontrei a Declaração Ibero-Latino-Americana sobre ética e genética de 1996 e revista em 1998, e que penso estar ainda actualizada. A minha primeira pergunta foi: que países são estes, os Ibero-Latino-Americanos? Depois de uma curta pesquisa, descobri que são países cujas línguas oficiais sejam o Português e o Espanhol, o que como é obvio nos inclui a nós, tal como aos nossos vizinhos Espanhóis, e muitos outros países africanos e da América do Sul.

Por a declaração ser demasiado extensa, decidi fazer um resumo daquilo que penso ser mais importante enumerar, deixando em anexo o endereço onde podem consultar toda a declaração.

Qualquer reflexão sobre as diversas implicâncias do desenvolvimento científico e tecnológico no campo da genética humana deve ser feita tendo em conta o respeito a dignidade e integridade humanas, os direitos humanos, o facto de o genoma humano ser parte do património comum da humanidade, e com respeito a cultura, valores e variabilidade genética dos vários povos.

Os vários países devem ter uma política planificada de pesquisa na área da genética humana, e a possibilidade de acesso aos conhecimentos adquiridos por toda a população independentemente da sua condição social e económica, sendo estes conhecimentos aplicados na prevenção, tratamento e reabilitação de enfermidades de ordem genética.

A informação genética de cada um deve ser protegida, diz respeito só ao próprio individuo, sendo a comercialização do corpo humano expressamente proibida.

Esta declaração foi feita também com o intuito de fomentar um “espírito de partilha” dos conhecimentos adquiridos, entre os países envolvidos na declaração, tal como entre os restantes países.

Fonte: http://www.ufrgs.br/bioetica/manza98.htm

6 comentários:

Anónimo disse...

Como já disse no blog "Genetishe",a ciência em si não é perigosa. O que é perigoso é o uso que lhe damos.
Não concordo com a alteração do nosso património genético. Acho que alterar as nossas características, as características do nosso povo não é correcto.

Anónimo disse...

Cada um sabe de si e por isso este assunto esta em pé de igualdade com tantos outros que levantam grande polémica na nossa sociedade.
Acho que é um estudo interessante e que pode trazer grandes benefícios para todos nós.
Mas aceito a opinião daqueles que estão contra. O que eles devem fazer é seguir as suas ideias e deixarem os outros seguirem as deles.

Anónimo disse...

Tendo em conta o que a sofia cruz disse, concordo plenamente com o facto de não ser correcto mudarmos o nosso património genético porque daqui a nada passamos a ser considerados criações artifíciais enquanto que na verdade o nosso nascimento é um fenómeno bastante natural.
Mas como tudo, a manipulação da informação genética tem dois lados, e é óbvio que concordo na sua utilização para alterar um gene deficiente se é que assim lhe posso chamar.
O que eu quero dizer é que no que diz respeito a doenças que possam ser resolvidas todos os processos são bem vindos.

Anónimo disse...

Eu penso que a manipulação da genética é algo um pouco ambíguo.
Tem os pontos contra, como por exemplo a alteração do nosso património genético que eu não apoio, e depois tem os pontos a favor, como a clonagem de orgãos para transplantes como a Sofia Cruz referiu no blog 'Genetische'.
Sobre este ultimo assunto eu já concordo porque seria muito útil para nós humanos.
É um tema bastante interessante e apelativo, pelas tais questões contra e a favor que já falei.
Bom trabalho! :)

Anónimo disse...

Ora, ora não será o sonho de qualquer mãe e pai ter o filho perfeito? E se a genética nos ajudar? Que mal tem?
Imaginando que a ciência chega a esse patamar de evolução, para quê ter filhos pequenos e gastar dinheiro no psicólogo, quando uma alteraçãozinha nos genes o podem fazer grande e esperemos que feliz?
A "espicaça"
Teresa Hilário

Anónimo disse...

Acho que a questão genética versus ética nem se devia por em causa...há muito tempo que a ética desapareceu da sociedade moderna