Esta semana, mais precisamente esta quarta-feira, dia 14 de Outubro de 2008, o serviço de saúde da região da Andaluzia, em Espanha, anunciou o nascimento do primeiro bebé “programado” geneticamente, com o intuito de ajudar o seu irmão, de seis anos.
Pois Javier, além de ser ansiosamente esperado pelos seus pais foi também aguardado especialmente pelo seu irmão, de seis anos, com o intuito de o ajudar a superar uma severa anemia congénita que herdou dos ou de um dos seus progenitores. Para que não passassem a Javier a doença transmitida ao seu primeiro filho, o casal optou pelo Diagnóstico Genético Pré-implantatório, que consiste numa técnica disponibilizada pelas autoridades de saúde de Andaluzia.
Assim, o casal concebeu um novo filho sem a doença e compatível com o seu irmão, convertendo-se no dador ideal para possibilitar a cura através do transplante do cordão umbilical.
Este foi um dos muitos primeiros bebés seleccionados geneticamente que poderão ajudar e beneficiar desta técnica em relação a muitos e diversos fins.
domingo, 19 de outubro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
Manipulação genética visa melhorar a vida a doentes.
Encontrei esta informação na net do Diário de noticias, apesar de já ser antiga mas achei interessante.
Então aqui vai:
Deverá a lei proibir a manipulação genética? Alberto Barros, director do Serviço de Genética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, considera que não. Desde que, salvaguarda, a actuação "sobre o gene seja para corrigir uma anomalia".
A legislação em vigor, aprovada no passado mês de Janeiro proíbe, no entanto, " a alteração da linha germinativa de uma pessoa".
Ontem, num debate, promovido pela secção regional do Norte da Ordem dos Médicos, a legislação que define o conceito de informação de saúde e informação genética, foi aplaudida por todos os participantes, tal como já havia sido aprovada por unanimidade na Assembleia da República. Alberto Barros, embora aceite que, no momento actual, a manipulação genética seja proibida, "para tranquilizar os temerosos", defende que isso venha a ser alterado. "Por que não, na pureza do acto médico, fazer com que a próxima geração seja mais saudável?".
O geneticista aponta como exemplo a paramiloidose, em que uma pequena alteração genética pode provocar uma grande alteração na vida do portador. "Não estamos a fazer eugenia no mau sentido", ou seja, "não se pretende alterar a espécie, mas apenas melhorar a vida dos doentes".
Apesar da lei, que teve como progenitor o geneticista Jorge Sequeiros, não merecer grandes reparos por parte de Alberto Barros, o especialista em reprodução medicamente assistida pergunta, com ironia, "o que é um banco de produtos biológicos?".
E diz temer que, enquanto responsável pelo início do congelamento de espermatozóides, estar a "proceder contrariamente à lei". Para além dos espermatozóides, no Serviço de Genética Médica da Faculdade de Medicina encontram-se congelados embriões e tecidos de ovários. A lei deixa, todavia, claro que "os bancos de produtos biológicos devem ser constituídos apenas com a finalidade da prestação de cuidados de saúde".
A legislação agora em vigor visa a não discriminação no acesso ao emprego, na progressão na carreira e na celebração de contratos com seguradoras. Aqui, Inês Folhadela, jurista da Ordem dos Médicos, aponta fragilidades. Se, num primeiro ponto está vedado às seguradoras tomar decisões com base nos resultados de testes genéticos ou no historial familiar, já para a contratação de trabalhadores está vedado o acesso a testes genéticos, sendo no entanto a lei omissa quanto ao uso da história familiar.
A legislação garante, por outro lado, a propriedade da informação genética. De natureza pessoal, pode apenas ser partilhada com o médico assistente. O director da Entidade Reguladora da Saúde veio, todavia, lançar o alerta para a problemática das bases de dados.
Rui Nunes, que optou por falar na qualidade de professor de Bioética Médica, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, referiu a necessidade de serem criadas passwords selectivas.
Mas deixou o aviso "Quem conhece os hospitais portugueses sabe como é fácil violar o direito à privacidade".
http://dn.sapo.pt/2005/04/30/sociedade/manipulacao_genetica_visa_melhorar_a.html
Então aqui vai:
Deverá a lei proibir a manipulação genética? Alberto Barros, director do Serviço de Genética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, considera que não. Desde que, salvaguarda, a actuação "sobre o gene seja para corrigir uma anomalia".
A legislação em vigor, aprovada no passado mês de Janeiro proíbe, no entanto, " a alteração da linha germinativa de uma pessoa".
Ontem, num debate, promovido pela secção regional do Norte da Ordem dos Médicos, a legislação que define o conceito de informação de saúde e informação genética, foi aplaudida por todos os participantes, tal como já havia sido aprovada por unanimidade na Assembleia da República. Alberto Barros, embora aceite que, no momento actual, a manipulação genética seja proibida, "para tranquilizar os temerosos", defende que isso venha a ser alterado. "Por que não, na pureza do acto médico, fazer com que a próxima geração seja mais saudável?".
O geneticista aponta como exemplo a paramiloidose, em que uma pequena alteração genética pode provocar uma grande alteração na vida do portador. "Não estamos a fazer eugenia no mau sentido", ou seja, "não se pretende alterar a espécie, mas apenas melhorar a vida dos doentes".
Apesar da lei, que teve como progenitor o geneticista Jorge Sequeiros, não merecer grandes reparos por parte de Alberto Barros, o especialista em reprodução medicamente assistida pergunta, com ironia, "o que é um banco de produtos biológicos?".
E diz temer que, enquanto responsável pelo início do congelamento de espermatozóides, estar a "proceder contrariamente à lei". Para além dos espermatozóides, no Serviço de Genética Médica da Faculdade de Medicina encontram-se congelados embriões e tecidos de ovários. A lei deixa, todavia, claro que "os bancos de produtos biológicos devem ser constituídos apenas com a finalidade da prestação de cuidados de saúde".
A legislação agora em vigor visa a não discriminação no acesso ao emprego, na progressão na carreira e na celebração de contratos com seguradoras. Aqui, Inês Folhadela, jurista da Ordem dos Médicos, aponta fragilidades. Se, num primeiro ponto está vedado às seguradoras tomar decisões com base nos resultados de testes genéticos ou no historial familiar, já para a contratação de trabalhadores está vedado o acesso a testes genéticos, sendo no entanto a lei omissa quanto ao uso da história familiar.
A legislação garante, por outro lado, a propriedade da informação genética. De natureza pessoal, pode apenas ser partilhada com o médico assistente. O director da Entidade Reguladora da Saúde veio, todavia, lançar o alerta para a problemática das bases de dados.
Rui Nunes, que optou por falar na qualidade de professor de Bioética Médica, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, referiu a necessidade de serem criadas passwords selectivas.
Mas deixou o aviso "Quem conhece os hospitais portugueses sabe como é fácil violar o direito à privacidade".
http://dn.sapo.pt/2005/04/30/sociedade/manipulacao_genetica_visa_melhorar_a.html
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Genética Vs Ética
Estava a procurar informações interessantes para por no blog, e encontrei a Declaração Ibero-Latino-Americana sobre ética e genética de 1996 e revista em 1998, e que penso estar ainda actualizada. A minha primeira pergunta foi: que países são estes, os Ibero-Latino-Americanos? Depois de uma curta pesquisa, descobri que são países cujas línguas oficiais sejam o Português e o Espanhol, o que como é obvio nos inclui a nós, tal como aos nossos vizinhos Espanhóis, e muitos outros países africanos e da América do Sul.
Por a declaração ser demasiado extensa, decidi fazer um resumo daquilo que penso ser mais importante enumerar, deixando em anexo o endereço onde podem consultar toda a declaração.
Qualquer reflexão sobre as diversas implicâncias do desenvolvimento científico e tecnológico no campo da genética humana deve ser feita tendo em conta o respeito a dignidade e integridade humanas, os direitos humanos, o facto de o genoma humano ser parte do património comum da humanidade, e com respeito a cultura, valores e variabilidade genética dos vários povos.
Os vários países devem ter uma política planificada de pesquisa na área da genética humana, e a possibilidade de acesso aos conhecimentos adquiridos por toda a população independentemente da sua condição social e económica, sendo estes conhecimentos aplicados na prevenção, tratamento e reabilitação de enfermidades de ordem genética.
A informação genética de cada um deve ser protegida, diz respeito só ao próprio individuo, sendo a comercialização do corpo humano expressamente proibida.
Esta declaração foi feita também com o intuito de fomentar um “espírito de partilha” dos conhecimentos adquiridos, entre os países envolvidos na declaração, tal como entre os restantes países.
Fonte: http://www.ufrgs.br/bioetica/manza98.htm
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
SIM IT ?
Com o sucesso de "The Sims Superstar", "The Sims Pets", "The Sims Apartment Life", entre muitos outros, chega-nos agora a mais recente versão dos Sims: "Sim It !".
O "Sim It !" permite-te escolher e alterar a informação genética do teu sim, desde as suas características físicas até às doenças deste foro.
Mas nem tudo é brincadeira, esta nova versão põe-nos a par de algo bem real.
Gostava de escolher a cor dos olhos do seu bebé? Ou simplesmente tranquilizar-se com o facto de saber que o seu filho não irá herdar aquela sua doença genética que tanto o preocupa?
É difícil de acreditar que estas perguntas possam ter uma resposta positiva e que seja mesmo possivel manipular a informação genética do seu bebé.
Este "jogo" é uma metáfora às possibilidades que os avanços genéticos nos proporcionarão num futuro próximo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)